Polícia traz detalhes sobre falecimento de criança que caiu de van escolar
A morte trágica de Luyz Ronaldo Carvalho Bezerra, de apenas 11 anos, após cair de uma van escolar no interior do Rio Grande do Norte, ganhou novos desdobramentos com a conclusão parcial da investigação conduzida pela Polícia Civil.
Segundo o delegado Valério Kürten, responsável pelo caso, a queda aconteceu durante uma “brincadeira perigosa” iniciada pelo próprio menino, que teria saído pela janela do veículo em movimento — prática que, conforme relatos, já vinha sendo adotada por outras crianças que utilizavam o mesmo transporte escolar.
O acidente ocorreu na última segunda-feira, quando Luyz retornava sozinho da escola, acompanhado apenas do motorista. Ao chegar à comunidade de Tabatinga, o condutor percebeu que o garoto não estava mais na van.
A família iniciou as buscas e encontrou Luyz caído na estrada, com ferimentos graves. Ele foi levado rapidamente ao hospital municipal, mas infelizmente não resistiu, após bater a cabeça em uma pedra durante a queda.
Durante a reconstituição do trajeto, a Polícia Civil ouviu outros estudantes que confirmaram a existência da prática arriscada de sair pela janela e acessar uma escada fixada no veículo.
As investigações também revelaram que a van não atendia às exigências mínimas de segurança: faltavam identificação de transporte escolar e retrovisor central. Além disso, o motorista não possuía a habilitação específica para conduzir esse tipo de veículo, o que aumenta sua responsabilidade no ocorrido.
Diante dessas irregularidades, o condutor será indiciado por homicídio culposo — quando não há intenção de matar, mas há negligência ou imprudência envolvida.
A perícia no veículo ainda está em andamento e deve trazer mais informações para o encerramento do inquérito. Já a prefeitura de Carnaubais informou que abriu uma apuração administrativa e promete adotar medidas para evitar que falhas como essa se repitam.
O caso de Luyz revela deficiências graves no sistema de transporte escolar e reforça a necessidade de uma fiscalização mais rígida, especialmente quando a segurança de crianças está em jogo.
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