Identificado o jovem que foi morto por leoa em zoológico de João Pessoa

Entrar na jaula de um animal selvagem é colocar a própria vida em risco. Em zoológicos, grades, muros e avisos existem por um motivo claro: proteger visitantes de instintos que pertencem à natureza e não podem ser controlados.

Quando essas barreiras são desrespeitadas, o resultado costuma ser trágico. Foi o que ocorreu na manhã de domingo, 30 de novembro, em João Pessoa, quando um jovem de 19 anos morreu após invadir o espaço de uma leoa no Parque Zoobotânico Arruda Câmara, conhecido como Bica.

O rapaz, identificado como “Vaqueirinho”, já era conhecido das autoridades e acumulava mais de dez passagens pela polícia. Dias antes do incidente, havia sido detido por tentar danificar caixas eletrônicos e, em outra ocasião, por atirar pedras em uma viatura.

Pouco depois de ser liberado, ele voltou a aparecer nos noticiários – desta vez, de forma fatal. Segundo a Prefeitura de João Pessoa, o jovem escalou uma parede de mais de seis metros e utilizou uma árvore para alcançar a área interna do recinto da leoa.

Testemunhas registraram o momento em que ele ultrapassou a barreira e, em seguida, foi atacado pelo animal. Equipes de segurança tentaram agir rapidamente, mas não houve tempo para evitar o ataque.

A Polícia Civil investiga o caso e considera a possibilidade de que a invasão tenha sido intencional. A perícia apontou que não foram encontradas falhas nas estruturas de segurança, e o local permanece interditado para análise.

Em nota, a Prefeitura lamentou profundamente o ocorrido e ressaltou que todas as medidas de proteção estavam adequadas. A gestão também manifestou solidariedade à família e destacou o comportamento inesperado do jovem, que ignorou todos os limites físicos e lógicos ao acessar o recinto.

O episódio reforça um alerta importante: quando a imprudência humana desafia o instinto selvagem, o desfecho dificilmente é diferente.

 

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