Falece adolescente que comeu bolinho de mandioca, caso gera comoção

Casos de suspeita de envenenamento ainda são incomuns, mas quando acontecem, geram grande comoção e mobilizam rapidamente as autoridades em busca de respostas claras e precisas.

A morte de Lucas da Silva Santos, de apenas 19 anos, neste domingo, após dez dias internado no Hospital de Urgência de São Bernardo do Campo, comoveu a região e levantou sérias dúvidas sobre as causas do quadro clínico que resultou em sua morte encefálica.

Segundo familiares e a polícia, Lucas teria passado mal após comer um bolinho de mandioca entregue por seu padrasto, Ademilson Ferreira dos Santos. De acordo com a mãe do jovem, Ademilson teria distribuído os bolinhos entre os familiares presentes na casa na sexta-feira anterior ao episódio.

Cerca de 30 minutos após a ingestão, Lucas desmaiou e foi levado às pressas para a UPA União. Exames iniciais indicaram sinais de intoxicação, mas apenas o laudo toxicológico poderá confirmar a presença e o tipo da substância envolvida.

O padrasto foi preso temporariamente na última quarta-feira e é o principal investigado no caso. A delegada responsável apontou que o comportamento de Ademilson — que chegou a tentar responsabilizar sua própria irmã — despertou suspeitas.

Mensagens trocadas entre ele e um pastor, reveladas pela imprensa, indicam que o padrasto já teria cogitado prejudicar o enteado, o que reforça a suspeita de motivação intencional.

Amostras da massa e dos ingredientes usados nos bolinhos foram recolhidas nas casas dos familiares e encaminhadas para análise técnica. Caso o envenenamento seja confirmado, este será mais um episódio grave entre os casos que vêm se tornando mais frequentes no país.

Enquanto isso, a Prefeitura de São Bernardo do Campo confirmou que a família autorizou a doação dos órgãos de Lucas e lamentou profundamente o ocorrido, reafirmando seu apoio às autoridades que conduzem a investigação.

O caso acende um alerta para a importância da atenção a sinais de intoxicação alimentar suspeita e ressalta o papel crucial das redes médica e investigativa na identificação precoce de possíveis crimes silenciosos.

A família segue em busca de justiça e aguarda os laudos para esclarecer completamente os fatos. Até o momento, não há informações sobre a liberação do corpo para velório e sepultamento.

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