Cuidados simples antes de dormir que podem proteger você de um AVC durante a noite
O acidente vascular cerebral (AVC) pode acontecer em qualquer momento, mas quando ocorre durante o sono ele se torna ainda mais perigoso. Isso porque os sintomas só são percebidos ao acordar, atrasando o início do tratamento e aumentando o risco de sequelas.
Esse fenômeno é conhecido como AVC do sono, ou wake-up stroke, e ocorre quando o fluxo sanguíneo para o cérebro é interrompido por um coágulo ou quando há o rompimento de um vaso sanguíneo.
Mas como reconhecer esse problema e, principalmente, como reduzir os riscos?
Sinais de alerta ao acordar
Quando o AVC acontece durante o sono, os sintomas só ficam claros pela manhã. Entre os mais comuns estão:
Dormência ou fraqueza em um lado do corpo (rosto, braço ou perna);
Dificuldade para falar ou fala enrolada;
Dificuldade para entender o que os outros dizem;
Confusão mental ou desorientação;
Alterações na visão (turva, dupla ou escurecida);
Perda de equilíbrio ou dificuldade para caminhar;
Dor de cabeça súbita e muito intensa;
Tontura, náusea ou vômito;
Em casos graves, convulsões ou perda de consciência.
Um método simples para identificar rapidamente um AVC é o FAST, que resume os principais sinais:
F – Face: um lado do rosto caído;
A – Arm: fraqueza em um dos braços;
S – Speech: fala prejudicada;
T – Time: agir rápido — cada minuto conta.
Como os hábitos noturnos influenciam o risco
O que fazemos nas horas que antecedem o sono impacta diretamente a saúde do coração e do cérebro. À noite, a pressão tende a diminuir, e o organismo realiza ajustes importantes.
Por isso, adotar bons hábitos antes de dormir é fundamental para reduzir o risco de AVC.
O que evitar antes de dormir
Refeições pesadas ou muito salgadas: aumentam a pressão e dificultam o sono; faça a última refeição entre 2 e 3 horas antes de deitar.
Álcool e cigarro: o álcool eleva a pressão, e o cigarro prejudica os vasos sanguíneos e favorece a formação de coágulos.
Estresse e discussões: podem provocar picos de pressão e prejudicar o descanso.
Uso de telas à noite: a luz azul reduz a produção de melatonina e piora a qualidade do sono.
Ignorar sinais de alerta: dor no peito, palpitações ou dor de cabeça intensa exigem avaliação médica imediata.
O que fazer para proteger a saúde do cérebro
Dormir entre 7 e 9 horas por noite: ajuda a regular a pressão arterial, o açúcar no sangue e processos inflamatórios.
Manter boa hidratação: água na medida certa diminui o risco de coágulos sem prejudicar o sono.
Tomar corretamente os medicamentos prescritos: alguns atuam melhor durante a noite.
Praticar técnicas de relaxamento: reduz o estresse e estabiliza a pressão.
Tratar apneia do sono: o uso do CPAP evita quedas de oxigênio e picos de pressão.
Fazer uma caminhada leve após o jantar: auxilia no controle da glicemia e da pressão, mas exercícios intensos devem ser evitados à noite.
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