Ciclone deixa rastro de destruição, voos são cancelados e mais de 1 milhão de imóveis são atingidos em SP
A manhã desta quarta-feira (10) foi marcada por ventos intensos provocados pela passagem de um ciclone extratropical formado na região Sul do país, impactando fortemente a capital paulista e a Região Metropolitana de São Paulo.
Com rajadas que ultrapassaram 80 km/h na Zona Norte, os reflexos foram amplos: mais de 1,8 milhão de imóveis ficaram sem energia, dezenas de árvores caíram, o transporte público sofreu interrupções, parques foram fechados e diversos voos e atendimentos hospitalares precisaram ser cancelados.
Segundo a Enel, até as 14h15, 1.822.546 imóveis estavam sem fornecimento de energia — 1.175.145 somente na cidade de São Paulo. A concessionária atribuiu as quedas ao impacto de objetos e árvores arremessados contra a rede elétrica devido aos fortes ventos.
Entre os locais mais afetados, o Hospital São Paulo permaneceu sem energia desde a noite anterior, o que levou ao reagendamento de consultas e trouxe preocupação aos pacientes.
Nos aeroportos, o cenário também foi de transtornos. Em Guarulhos, 37 voos foram cancelados ou alternados; em Congonhas, outros 15 sofreram alterações por causa da instabilidade climática.
Nas ruas da cidade, 57 árvores caíram somente durante a manhã, informou a prefeitura. O órgão destacou que a combinação entre ventos fortes e o solo encharcado pelas chuvas recentes contribuiu para os incidentes.
O Corpo de Bombeiros recebeu mais de 500 chamadas relacionadas a quedas de árvores entre meia-noite e meio-dia. O sistema ferroviário também foi afetado: na Linha 10–Turquesa da CPTM, a queda de um cabo causou falhas na rede aérea e prejudicou a circulação entre algumas estações. Passageiros tiveram de alterar seus trajetos, embarcando e desembarcando em pontos diferentes dos habituais. Equipes técnicas trabalham para normalizar o sistema.
Por segurança e para preservar a fauna e a flora, 12 parques estaduais e vários municipais foram fechados preventivamente. A reabertura está prevista para o dia seguinte, após nova avaliação técnica. Segundo as autoridades, a medida busca proteger o público diante do aumento do risco de acidentes causado pela instabilidade climática.
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