Chocante: Professor aplica a mesma agulha em 44 alunos durante teste, e todos acabam hospitalizados
Uma atividade experimental realizada em uma escola pública de Laranja da Terra, município na região Serrana do Espírito Santo, resultou na hospitalização de 44 alunos após um professor utilizar a mesma agulha para realizar testes de tipagem sanguínea em todos os estudantes.
O incidente, considerado extremamente grave, aconteceu durante uma aula de química para turmas do 2º e 3º ano do ensino médio na última sexta-feira (15) e gerou grande preocupação entre os familiares e as autoridades locais.
Após o ocorrido, a Secretaria de Educação (Sedu) informou que os alunos receberam atendimento médico e passam bem, retornando às aulas normalmente. Para garantir a segurança, os estudantes foram submetidos a testes rápidos para diagnóstico de infecções, cujos resultados foram negativos para as doenças analisadas. Além disso, na manhã de terça-feira (18), novos exames foram realizados para avaliar a imunidade contra hepatite B e C.
A Sedu esclareceu que a prática adotada pelo professor de química não foi autorizada pela coordenação pedagógica da escola. Embora a atividade envolvesse a observação de células sanguíneas, foi realizada sem seguir os devidos protocolos de biossegurança.
Diante da gravidade da situação, a Secretaria tomou medidas imediatas, como a rescisão do contrato do professor responsável e o encaminhamento do caso para a corregedoria da pasta. Além disso, os alunos passarão por novos exames dentro de 30 dias, para um acompanhamento contínuo de sua saúde.
O prefeito de Laranja da Terra, Joadir Lourenço (PSDB), destacou que, apesar de a escola ser administrada pelo Estado, a prefeitura prestou assistência médica aos estudantes por meio da Secretaria Municipal de Saúde. Ele também informou que a escola promoveu uma reunião com pais e alunos, com a presença da Semus, para prestar esclarecimentos sobre a situação.
Até o momento, os testes rápidos realizados não apontaram qualquer infecção, mas o acompanhamento médico continuará para garantir a segurança dos alunos afetados. O caso gerou um debate sobre a importância de protocolos rigorosos em atividades escolares que envolvam práticas laboratoriais.
Especialistas alertam para os riscos do uso inadequado de materiais médicos e enfatizam a necessidade de capacitação adequada dos profissionais antes de realizar testes envolvendo o contato com fluidos corporais.
Com a repercussão do caso, autoridades estaduais reforçaram a importância de uma supervisão mais rigorosa das atividades experimentais em escolas públicas, a fim de evitar que incidentes semelhantes se repitam. A Secretaria de Educação garantiu que medidas serão tomadas para reforçar a segurança e a orientação pedagógica nas práticas laboratoriais das instituições de ensino da rede estadual.
Deixe um comentário