Aos 103 anos, idoso revela seu segredo de longevidade: “Deus é o mais importante da minha vida”
Veterano da Segunda Guerra Mundial celebra 103 anos e compartilha segredos de sua longevidade
Sam Avolicino, veterano da Segunda Guerra Mundial, completou 103 anos no mês passado. Morador de Danville, na Califórnia, ele foi convidado a revelar os segredos de sua vida longa e saudável.
Em entrevista à Fox News Digital, Sam atribuiu sua longevidade a três fatores principais: uma boa alimentação, uma esposa maravilhosa e a prática da oração todas as noites. Ele também deixou um conselho para as novas gerações: manter o foco na família e na fé.
“Recomendo a todas as crianças que se apeguem a Deus, comecem a acreditar na eternidade e frequentem a igreja”, declarou. “Ore todas as noites”, completou.
“Deus tem sido a pessoa mais importante da minha vida. Respeite seus pais e ouça o que eles têm a dizer. Não se deixe levar pelas influências externas — o que, hoje em dia, é um grande desafio.”
Uma vida de amor e companheirismo
Casado há quase 72 anos com Agnes, Sam credita à esposa boa parte da felicidade e estabilidade que viveu ao longo da vida.
“A melhor coisa que me aconteceu foi ter permanecido casado com a mesma mulher por todos esses anos”, disse ele.
Agnes esteve ao seu lado quando, no aniversário de 103 anos, Sam recebeu a chave da cidade de Danville em homenagem ao seu legado e serviço militar.
“O prefeito veio me visitar junto com outro cavalheiro para celebrar meu aniversário e o Dia dos Veteranos, já que servi na Segunda Guerra Mundial. Ganhei a chave da cidade. Foi incrível”, relembra com alegria.
Raízes e jornada até os Estados Unidos
Nascido em 1920, em Santa Maria, na região da Calábria, sul da Itália, Sam chegou aos Estados Unidos com apenas três meses de vida. Sua mãe desembarcou em Nova York e, com o bebê nos braços, seguiu para a Califórnia, onde o pai e outros familiares já haviam se estabelecido.
Sam cresceu na região da Bay Area e vive lá há mais de um século. “Gostei muito da escola, tive bastante sorte. Fui presidente de classe e até líder de torcida”, conta.
Serviço militar e a experiência na guerra
Durante a Segunda Guerra Mundial, Sam se alistou voluntariamente na Força Aérea do Exército dos Estados Unidos. Atuou como instrutor de treinamento físico em São Petersburgo, na Flórida.
“Meu comandante precisava de alguém para liderar os gritos de guerra”, disse ele, rindo. “Todos os dias treinávamos e eu ensinava gritos, músicas e outras atividades para motivar os soldados.”
Depois de se formar na Escola de Treinamento Físico em Miami, foi transferido para diversas bases, como Fresno e Glendale, na Califórnia, e finalmente para Fort Dix, onde se preparou para uma missão internacional.
“Cheguei à França um dia antes do fim da guerra”, lembra Sam.
Posteriormente, ele passou a atuar nos serviços especiais, sendo designado para a Ópera de Nuremberg, onde organizava apresentações culturais para soldados e civis.
Amor em tempos de guerra
Foi em Glendale que Sam conheceu Agnes, antes de seguir para Fort Dix. Durante o tempo em que ele esteve fora do país, foi Agnes quem manteve viva a relação por meio de cartas — que Sam guarda até hoje como um tesouro.
Após retornar da guerra, ele abriu um negócio de fornecimento de peças com um amigo, o que o levou a viagens para Okinawa, no Japão. Depois de um ano, voltou para a Califórnia e pediu Agnes em casamento.
Hoje, o casal tem quatro filhos, seis netos e dois bisnetos. Seu filho Steve destaca que, mesmo com as viagens frequentes, o pai sempre foi um homem extremamente dedicado à família.
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