Caso Vitória: Investigação aponta possível sabotagem no carro do pai no dia do desaparecimento da jovem

O caso da morte de Vitória Regina de Souza, de 17 anos, segue sendo investigado, agora com novos desdobramentos. Em entrevista ao Balanço Geral, o pai da jovem, Carlos Alberto Sousa, revelou que não pôde buscá-la após o trabalho no dia do desaparecimento devido a problemas mecânicos em seu carro.

Carlos explicou que o veículo começou a fazer um barulho estranho e, durante um teste para identificar o problema, acabou quebrando no trajeto. As autoridades agora investigam a possibilidade de sabotagem, uma vez que o principal suspeito, Maicol, trabalha como mecânico.

A irmã de Vitória, Weronica Alves de Sousa, destacou a generosidade da jovem, descrevendo-a como alguém sempre disposta a ajudar a família. Ela costumava contribuir com pequenas despesas sempre que podia, demonstrando seu coração solidário.

Além disso, Vitória era conhecida por seu jeito brincalhão e sua afinidade com crianças. Ela havia começado um novo emprego em uma lanchonete apenas quatro dias antes do crime.

De acordo com sua amiga Fernanda Matos, Vitória estava animada com essa nova fase da vida. Embora tivesse interrompido os estudos, planejava retomá-los no futuro. Sua avó, Virginea Maria de Souza, ainda não consegue aceitar o que aconteceu, afirmando que, para ela, a neta continua viva na casa do pai.

Na noite de 26 de fevereiro, Vitória saiu do shopping onde trabalhava e pegou um ônibus em direção à sua casa. Cerca de vinte minutos depois, foi vista atravessando uma avenida e se dirigindo a outro ponto de ônibus.

Enquanto aguardava o segundo transporte, publicou uma foto em uma rede social e enviou uma mensagem a uma amiga, relatando que se sentia assustada com a presença de dois homens próximos a ela.

O corpo de Vitória foi encontrado uma semana depois, apresentando sinais de tortura e três perfurações por faca. Peritos indicaram que o assassinato provavelmente não ocorreu no local onde o corpo foi encontrado, sugerindo que ela pode ter sido mantida em cativeiro antes de ser morta.

Até o momento, o local onde o crime aconteceu não foi identificado. A polícia continua investigando todas as circunstâncias, agora considerando também a possibilidade de interferência proposital no carro do pai de Vitória, o que indicaria um plano premeditado.

Enquanto isso, familiares e amigos de Vitória aguardam por respostas e clamam por justiça diante da brutalidade do crime. Casos de feminicídio como esse continuam a ocorrer diariamente em todo o Brasil.

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